"O inferno são os outros"; Patrocínios - Safados e sócios-investidores "sem cultura" (sustentável)

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http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/startup-blog/2013/11/19/anjo-ou-demonio-como-identificar-um-investidor-picareta/

Anjo ou demônio: como identificar um investidor “picareta”



anjo-demonio
Convivendo no ecossistema de startups, não foram poucas as histórias que ouvi e acompanhei de perto de relações entre empreendedores e investidores que acabaram muito mal. Se você está há um tempo nessa estrada, provavelmente já ouviu sua cota de casos do tipo também.
Os motivos são diversos: desde investidores claramente mal-intencionados, que ficam com a maior parte do equity da empresa e transformam o empreendedor em empregado de luxo, até recém egressos de faculdades de administração ou consultorias prestigiadas (com um pouco de grana no bolso e nenhuma experiência em criar um negócio), que saem investindo por aí sem quase nada de interessante para oferecer ao empreendedor, além de um aporte bem modesto.
O problema é que, do outro lado dessa equação, também tem muito empreendedor inexperiente desesperado por recursos que possam ajudá-lo a viabilizar seu negócio e pronto para vender a alma ao diabo por qualquer trocado.
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Às vezes o melhor caminho é segurar a onda e batalhar um pouco mais para fazer o negócio virar com o dinheiro que você tem no bolso. Se essa alternativa não for viável, o segredo é ter muita cautela ao escolher um investidor.
Sim, é isso mesmo que você leu. Não é só o investidor que deve escolher você, você também tem que estar seguro (e muito seguro) de que quer essa pessoa ao seu lado, como sócio e parceiro, como alguém que tem algo a oferecer para o seu negócio que vá além da grana.
Na dúvida, ouça a voz da experiência. “A melhor dica é sempre conversar abertamente com os empreendedores que já tiveram um aporte desse mesmo investidor, obtendo feedback honesto sobre sua relação de longo prazo”, aconselha Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora. “É sempre recomendável fazer uma pesquisa sobre o histórico dele, checando múltiplas referências para ter a certeza da sua idoneidade”, acrescenta Cassio Spina, fundador da Anjos do Brasil.
Para tomar uma decisão mais certeira e evitar dores de cabeça, fique atento aos seguintes pontos que devem acender uma luz vermelha quando for conversar com um investidor:
1. Quando ele exige um percentual alto demais da empresa – investidores sérios e bem-intencionados sabem que, ao diluir demais o empreendedor, vão limitar as possibilidades de crescimento da empresa e diminuir a motivação dos fundadores. “Um investidor profissional sabe dosar os termos e condições (formato de investimento, valor e participação) de acordo com o estágio da empresa”, diz Edson Rigonatti, sócio da Astella Investimentos.
2. Quando ele exige algum contrato formal antes que o termsheet (com as regras do aporte) seja assinado – nunca assine nada sem antes discutir nos mínimos detalhes o que está sendo colocado no papel. Peça a ajuda de um advogado para ler tudo que está nas estrelinhas.
3. Quando ele não quer assinar um contrato – amigos, amigos, negócios à parte. Mesmo que o seu investidor seja alguém próximo, coloque todos os detalhes e condições da parceria no papel. Se for um desconhecido então, nem pense em dar o primeiro passo (e sair gastando dinheiro) antes de qualquer compromisso formal.
4. Quando ele insiste demais em fazer o investimento, mas você sente que ele não é “o cara” – pois é, o feeling também conta nessa hora. Se o seu santo não bateu com o do investidor, melhor não ir em frente. Talvez seu “sentido aranha” esteja antecipando algo ruim que vem por aí. Ou não. Mas lembre-se de que essa pessoa vai fazer parte do seu convívio e influenciar nos rumos da sua empresa. Empatia é importante na hora de decidir.
5. Quando ele pede algum dinheiro para você – sim, pode parecer bizarro, mas acontece. “Eles pedem um pagamento a título de cobrir custos de avaliação ou algo assim e, depois de receberem, desaparecerem. É estelionato”, alerta Spina.
6. Quando ele não tem nada a oferecer além de dinheiro – um bom investidor é aquele que traz networking e conhecimento na bagagem. Desconfie de quem mal saiu da faculdade e nunca participou da criação de um negócio de fato. Afinal, a teoria, na prática, é bem diferente.
Atenção: não é uma questão de idade, mas sim de experiência. Muitos jovens empreendedores têm muita coisa bacana para oferecer e ensinar. O importante é não cair no papo de quem leu “A Startup Enxuta” e aprendeu a fazer um canvas e acha que sabe tudo que há para saber sobre criar startups. Um bom investidor é aquele que oferece “smart money”, ou seja, dinheiro com inteligência. “A melhor maneira de separar o joio do trigo é se perguntar se você gostaria de ter essa pessoa ou fundo do seu lado mesmo sem dinheiro”, aconselha Rigonatti.
Teve uma experiência traumática com investidor “picareta”? Compartilhe aqui com a gente.
Fonte da imagem: Shutterstock.com

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