POMBO SEM ASAS
A pomba sem asas voou
alto
Completando uma curva
perfeita!
Aterrissando
precisamente entre,
entre periferia e centro
A pomba ali ficou,
primeiro girando,
depois rodando, em
espiral, à zunir
E ao parar, em pé,
explodiu!
O estampido seco,
maduro
Algo repentino e
soturno
Causando imediata
cegueira aos ouvidos
E ensurdecendo os
pensamentos
Pra todo lado voaram
as penas!
Pra todo canto
espirrou sangue!
Pra cima voaram as
asas
Pra frente a cabeça
inerte
Aparentemente foi –
se o tempo,
em que pombas eram
naturais pacificadoras
Agora os roedores de
asas são martirizados!
Sonhos de liberdade voando pelos ares
Realizam – se em
parábolas aterradoras!
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