Cultura de Rua, Entretenimento e Lazer; O que você tem a ver com isso??

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Em algumas coisas, que concernem a certos fatos, podemos verificar que há consenso, ou senso comum, entre os diferentes âmbitos da sociedade, no caso suas instituições e órgãos representantes, bem como entre seus proeminentes e também comuns cidadãos. Entre essas expressões, e percepções observadas pelo espectro de massa do prisma social, encontra – se a cultura, e seu valor intrínseco de formação da condição humana, e da humanidade em seu apogeu como elemento transformador do meio natural, e do gênero Homo sapiens ao longo dos últimos milênios de evolução, como conjunto de valores e costumes de populações, sejam pequenos grupos indígenas isolados, ou tratando -se de vastos conglomerados de diferentes tribos urbanas, sendo a cultura manifestação que consta do rol mais elevado das realizações da espécie, situando - se entre as manifestações todas, em uma síntese do filósofo Kant, sobre a metafísica da cultura
como: “aquelas que não podem ser compradas, não podem ser trocadas, não tem preço mas dignidade”.
Devido sua importância como elemento fundamental da construção psicológica e social, influenciando de múltiplas formas o desenvolvimento social, a cultura é vista como campo de exercício de poderes; econômicos, políticos e ideológicos, batalha essa travada pelos atores sociais. Nem sempre somos livres para escolher e exercer plenamente nossas culturas, tampouco definir os caminhos e ritos que caracterizam nossas experiências como fenômenos de expressão cultural, legítima dos grupos que vivenciam tais construções coletivas, compartilhando linguagens, códigos, dialetos, ferramentas e objetivos. E, como tais jogos de poder determinam do micro ao macro os componentes de uma nação, o direito à cultura está presente na maioria dos países (sub)desenvolvidos, e de alguma forma democráticos, caso que assemelha – se ao do nosso Brasil.
Cultura em suas mais variadas manifestações, entre elas às práticas de entretenimento e lazeres, são previstos na Constituição Federal Nacional como caracteres indispensáveis ao exercício pleno da cidadania, devendo ser levados em conta especialmente em suas características educativas, de sustentabilidade, de formação de público e pessoal qualificado para gestão compartilhada do espaços culturais com o estado, e capacitação para auto – gestão em relação aos interesses escusos do capital. Educação, Artes, Cidadania, respeito a Diversidade Cultural, práticas Sustentáveis, Ambiental e Economicamente, todas essas devem ser pautas das políticas públicas de Cultura e Lazer da sociedade.
Mas o que é, ou quem e esse tal Lazer? É amigo ou amásio da Cultura? É mocinho ou é bandido nessa História? Há muitas especulações sobre esse Fulano, dizem que anda acompanhado de ciclanos e beltranos, mas a realidade é ainda um tanto misteriosa.. Dentro da academia, alguns intelectuais já se lançaram a essa tarefa (ingrata!) de produzir uma “sociologia ativa”, que seja produtiva no aspecto do “desenvolvimento cultural” de toda a sociedade, garantindo a sustentabilidade do meio e o bem - estar das comunidades, através do exercício da cidadania plena dos indivíduos, por meio de efetivas politicas públicas de lazer e cultura, que contemplem todos os campos e “interesses culturais do lazer”, que para os estudiosos do tema são agrupados entre “lazeres físicos, artísticos, práticos, intelectuais e sociais” (Dumazedier). Nas Ruas, Pro exército de Manos e Minas que simplesmente curtem a diversão da Cultura Hip Hop, pros milhões da skatistas brasileiros que “chapam na brisa” do ollie, pra multidão que vibra em espetáculos musicais e de manifestações artístiscas, pra quem é viciado em games, ou filmes e documentários, pros playbas das baladas, pra nação do país do futebol, nada desse papo intelectual pode fazer muita diferença, afinal o que importa mesmo é o prazer que a atividade em si proporciona, os momentos de alegria e a satisfação pessoal. Contudo tais definições epistemológicas têm grande influência no pensamento político, sempre mais próximo das elites intelectuais do que das culturas populares, sendo portanto, importante conhecer o ponto de vista de quem orienta as políticas públicas na área, para evitar termos que gritar depois, nas passeatas contra a falta de qualidade das ações do poder público e da sociedade civil organizada, o  fatídico bordão; “não nos representam!”.
O palco maior onde desenrola – se esse espetáculo da humanidade, e também o mais revolucionário, porque menos influenciado por dogmas familiares ou doutrinas formais, é a Rua. E a Cultura de Rua desempenha papel de destaque nessa cena. Como espaço de circulação das pessoas e ideias das cidades, sendo frequente o intercâmbio (in)voluntário entre todos os cidadãos em trânsito, a rua é democrática porque compreende pobres e ricos, e todas as etnias nelas desfilam suas marcas. Enfim, somos todos, em algum momento, agentes da Cultura de Rua. Há também muito da cultura do trabalho nas ruas, inclusive muitas pessoas fazem das ruas dormitório e/ou escritório, ambos os casos uma condição social adversa em função do caos urbano, e que pode parecer inverosímel sob a ótica da propriedade privada que domina nossa sociedade, mas que surge como uma inovação vital pra quem encontra – se na luta por sobrevivência no asfalto das selvas de pedra. Música sendo tocada por artistas de talento nas esquinas, "barulho afinado" sendo produzido pelas máquinas e urbanóides em deslocamento constante, galerias de arte à céu aberto, mega eventos culturais e ações pontuais de pequenos extratos populares, multiplicidade de grupos e mensagens, mestres e artesãos em plena atividade, gastronomia popular, moda sendo criada de forma dinâmica em tempo real, são fatos do cotidiano das ruas, da cultura, do lazer e das práticas de entretenimento da cidade. A rua influencia e é na mesma medida abastecida com os mais diversos elementos culturais de nossa sociedade.
Ai está a magia da Cultura e do Lazer! De forma voluntária, engajados porque motivados sendo usuários e produtores de conteúdo, pequenas células revolucionárias, ou coletivos, estão constantemente rompendo as barreiras da cultura de massa e do conservadorismo próprio da sociedade de classes, contribuindo para a preservação de identidades e valorização das expressões culturais populares. Tudo isso dentro de um ambiente coletivo, o que dinamiza o processo de aprendizado dos aspectos da cidadania e da educação e gestão participativa nos indivíduos e comunidades. Por isso o HIP HOP, o Samba, a Capoeira, o Skate, e outras manifestações outrora vistas como marginais, são tão importantes dentro do contexto social. Garantem voz e expressão a grupos e pessoas, que de outra forma seriam obrigados a engolir o lixo cultural em grande medida oferecido pelo sistema, do tipo de programas de auditório com plateias orquestradas, de apelo sexual constante, piadas de gosto duvidoso, e dinheiro voando pelo ar em forma de aviõezinhos, no melhor estilo "ilusão pra colar com durex", tá ligado?
Artigos da Carta Magna Brasileira procuram dar estrutura ao processo de formação cultural, para que o entretenimento e o lazer cumpram sua função de diversão, alívio do stress, até mesmo de inclusão social e realização pessoal do indivíduo, sem abdicar do viés primordial de formação do cidadão, e contribuir para o bem – estar social. A Cultura na era moderna anda ameaçada em função da  “universalização que caracteriza o capitalismo do mundo contemporâneo” (D. Santos - Dir. Sesc), por isso a necessidade contínua de análise da conjuntura do cenário cultural e do papel de seus agentes. Na parte da constituição que tange a cultura, educação e comunicação social, entre os artigos 205 e 221, são dispostas normas e objetivos na execução destas tarefas do estado, e que são ao mesmo tempo direitos e deveres dos cidadãos comprometidos com uma sociedade em desenvolvimento sócio – cultural, e na busca por justiça social. Em sua letra diz que, o “Estado protegerá as manifestações culturais populares, indígenas e afro – brasileiras(..)” , sendo também parte das políticas públicas “formação de pessoal qualificado para gestão da cultura em suas múltiplas dimensões” , e a “democratização de acesso aos bens de cultura”, o que significa justamente não só eventos nos parques e ruas do centro ou de bairros com maior IDH, mas também e principalmente, nas áreas mais carentes das cidades, afinal a cultura popular é muito rica nas periferias e áreas pobres, e constitui patrimônio cultural material e imaterial, e justamente por sua fragilidade nos quesitos econômico e político ante as forças elitistas, corre riscos ante ao seu pleno exercício, e da condição de cidadania por seus criadores e agentes, o que segundo a própria constituição é inadmissível, afinal são “portadores de referência à identidade nacional, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira(..)”. Ainda é regra o cenário descrito pelos Racionais onde " O investimento no lazer é muito escasso, o centro comunitário é um fracasso..". Mas a economia criativa, o associativismo e o cooperativismo estão transfigurando essa cena, e colocando as quebradas em destaque não pela violência, e sim pelas inovações e eficazes tecnologias sociais implementadas em seus territórios, o que não raro, através de matérias e documentários, ganham destaque internacional e fazem das periferias, dos tios e das tias, dos manos e minas protagonistas, não mais unicamente vítimas e estatísticas de um sistema cruel.
O tal do lazer, direito social que consta do art. 6º da CF, configura – se como toda atividade que praticamos nas horas de folga das excruciantes obrigações sociais modernas, de forma voluntária, sendo em grande medida produto da cultura geral, como expressão subconsciente de nossas inclinações gerais. Às cidades, que são hoje principal morada dos cidadãos, têm criado e destruído práticas de lazer em alta velocidade nos tempos de “mídias sociais”. O que se vê nas ruas e estabelecimentos é fruto de um pensamento coletivo, espontâneo ou orientado por interesses de certos grupos, onde em geral “a cidade é raramente apresentada como centro cultural(..), para todos os meios sociais, a totalidade das atividades de repouso, divertimento, informação desinteressada e participação voluntária na vida cultural de todo gênero e nível.” (Dumazedier). Ou seja, quem pode mais chora menos, e os interesses do capital, político e financeiro, também costumam ditar as regras do que acontece pelas ruas das cidades no âmbito dos lazeres praticados pela população. É também nas cidades, e no lazer originado nelas que está a “mina de ouro” em atual exploração pelo mercado. 69% do PIB  vem do setor de serviços no Brasil, área diretamente ligada ao lazer, aos eventos e às manifestações artístico - culturais, portanto o novo empreendedorismo social tem que ser inovador e perspicaz ante essa realidade, criando estratégias sustentáveis para o desenvolvimento de suas atividades, e que contribuam para o desenvolvimento social, sendo na íntegra ações que representem “o papel de pólo de desenvolvimento(..), de ser centros de lazeres repousantes, recreativos, instrutivos, aptos a responder as necessidades culturais de todas as categorias sócio - profissionais e de idade, graças aos locais de passeio, aos estádios, cinemas, teatros, museus, bares, etc..”, nas palavras do sociológo francês, e assim mantenham a curva de crescimento da economia em ascensão, ou contribuam ao menos por uma estabilidade sustentável, econômica, ambiental e socialmente. Caso contrário, o temível "mercado", continuará se apropriando para utilizar em seu marketing, de manifestações como graffiti, skate, entre outras expressões culturais juvenis, sem realmente se importar com que direção a nossa juventude esta tomando. Ai depois não adianta querer barrar na pancada milhares de jovens porque os mesmos querem fazer um "rolêzim" no shopp´s, afinal fomos nós, como sociedade, que incentivamos o consumismo alienado que reina nesses templos modernos de luxúria.
A TV, principal fonte de lazer nos lares, onde famílias inteiras que não tem direito a cultura em suas outras formas, como museus, teatros, praças e parques públicos com programação lúdica e entretenimento de qualidade, acabam por passar grande parte do tempo sintonizadas, é forte influenciadora e reprodutora dos comportamentos de massa que veicula em sua programação diária. E dessa forma nos carregam de mensagem subliminares que refletem nossas escolhas para as práticas de lazeres sociais e coletivos que valorizamos, e que ganham incentivo econômico e midiático, bem como, em última instância, nossas inclinações político – sociais. E todo esse espetáculo de mídia, toda essa emoção, tem um propósito no qual “(..)essas formas de excitação são definidas a partir de oportunidades construídas antecipadamente, moldadas pelo estímulo social (que define gostos), fazendo com que as pessoas assumam um comportamento mimético, de adaptação aos padrões e posturas do meio social” (Célio Turino - Minc). A grade da televisão e do rádio, bem como das mídias sociais de forma geral, segundo as normas da comunicação social da C.F. Deveria dar “preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas(..)” “(..)estímulo a produção independente(..)” “(..)respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.” 
Por isso a TV e os meios de comunicação de massa têm obrigação em lei, de veicular programação cultural educativa, entretenimento com conteúdo de formação intelectual, e informações de interesse público, úteis a sociedade civil em geral, justamente por serem concessão públicas incentivadas pelo estado e com dinheiro público, seja direto ou através de isenções. Você tem visto programação assim ultimamente? Caso a resposta seja negativa, não se recrimine. É que o “show business” considera tais conteúdos programáticos nas emissoras públicas, e demais veículos de comunicação como “mosca branca”.  Dizem que existe, mas quase ninguém vê. E quem não é visto não é lembrado, já dizia o dito popular. Então predomina a programação da “mídia zero”, onde se “exige um nada de atenção, um máximo de distração(...), a opinião pública midiatizada é tocada por imagens e impactos emocionais de acontecimentos, tão intensos quanto breves. Oscila - se entre a indignação e a compaixão, mas não se trata nunca de reflexão e compreensão.” (Olgária Matos - Filósofa). Qualquer semelhança com o horário político obrigatório, Reality Shows manipulados na fórmula consagrada de "pouca saúde e muita saúva", Datenão, Neurose Rezende, Telejornais de apresentadoras modelos e notícias raquíticas sumamente piegas, tipo junção da balança comercial com a tia da feira que compra meia dúzia de bananas a preço de damascos, e reclama da vida de forma aleatória, não é mera coincidência.. E se realmente tiver um fundo de verdade a afirmação da Dª Olgária de que “uma sociedade doentia exige de seus indivíduos, ou ao menos de grande parte de seus constituintes, atitudes adequadas à anormalidade mental e comportamental que também lhe caracteriza”, então devemos nos alarmar e reagir ante essa programação cultural que deforma nossos espíritos e deturpa o caráter da sociedade.
A cultura é um campo tão fértil de manifestações do espírito humano, que ela tem o “dom” de criar a sua própria oposição, uma espécie de anti-matéria cultural, ou se preferirem, contracultura, ou cultura marginal. A rua, e os espaços de circulação sofrem “hipertrofias do espaço”, condicionadas pelos interesses em ação. Quando esses interesses entram em conflito, a cultura gera demanda para grupos minoritários, ou politicamente mais fracos, contudo culturalmente ricos e saudáveis. Daí surgem grupos marginais, e conceitos como o “não lugar”, que é quando grupos subvertem o sentido de espaços públicos pré-ordenados, em função do desejo natural de quem efetivamente os frequenta. Caso de escadas e corrimãos que viram áreas de skate, ou de estações de metrô de chão liso que viram palco de bboys e bgirls, ruas do centro que viram arena de batalha para poetas e rimadores de improviso, e paredes e muros que tornam - se espelhos coloridos da alma da sociedade, em reflexos de grafites tão belos quanto cabulosos. Então realidades acobertadas ou mal disfarçadas, vêm à tona com força total, exprimindo seus viés de protesto por espaço e visibilidade, na luta pelo poder no jogo de culturas da cidade.
Grupos autodenominados “coletivos”, também surgem dessa luta contra “democracia de massa(..) melhor dizendo, a universalização e “democratização” do consumo e dos desejos. A assimilação dos valores de consumo e aquisição de bens materiais pela sociedade de massa”, à ambição e um direito ao “querer ser”  ao invés de pelo “querer ter”; poderoso redutor do pensamento(..) sob auspícios da mídia que proscreve o esforço intelectual em nome da “facilidade”. (Olgária Matos), sendo o fator de maior relevância no processo de empoderamento popular, e difusão orientada de culturas de rua, entretetenimento e lazer. De forma geral, sobretudo nas áreas mais carentes, e menos observadas pelo estado e pela iniciativa privada “as organizações de lazer e de ação cultural democráticas apresentam - se dispersas. Elas são na maioria das vezes desprovidas de consciência política apropriada. Quando participam da ação política, é para fazer eco às lutas partidárias nascidas em outros campos de ação e não para suscitar um movimento social coerente e permanente, orientado para realização específica de uma política cultural inovadora e democrática, na medida dos problemas novos de desenvolvimento cultural associado ao lazer de massa” (Dumazê). Mas essa não é toda a realidade. Grupos e Coletivos vem ao longo dos últimos tempos desenvolvendo diálogo permanente com a comunidade, e também com o poder público, criando opções de ações afirmativas que sejam integradas com o ambiente em que se inserem, não simples modelos importados e mal adaptados a situação em que são aplicados. Como diria o Maestro do Canão "Favela pede Paz, Lazer, Cultura, Inteligência não muvuca!". E organizados podemos criar nossa própria realidade, uma que nos seja favorável pra exercício pleno da cidadania. E juntos somos fortes pra reivindicar e denunciar, tipo na letra do grupo DeMenosCrime "A obra tá parada prefeitura deu mancada!". São apenas alguns aspectos de uma parte do Brasil que nunca dormiu, porque sentia dor, fome ou frio, metafórica e literalmente falando.
São Mateus é um belo exemplo de uma mudança que vem ocorrendo nas políticas públicas de cultura como um todo. Sobretudo em função das iniciativas populares, partindo da sociedade civil organizada, e com fins de promoção do bem - público. Coletivos como “@São Mateus em Movimento”, “@Batalha de São Mateus/ Causa Comum”, “@Vibe Positivida; Du Green/ Dj Ronaldo”, galera da “@Skate Family”, pessoal do “@Grupo Opni”, coletivo “@M.UN.D.O.C.RU.E.LCOLETIVO”, “@Comunidade Samba do Maria Cursi”, Família do “@Toca da Onça”, “@Quintal do Bocão”, "@Família Febre", "@NOVOKOMBI BAR" entre outros grupos, que como todos os de periferia sofrem com certa “invisibilidade”, têm contribuído para consolidar essa nova era da cultura e da cidadania que se abre pra todos nós. Ações aparentemente isoladas, ganham em estrutura e amplitude sob a filosofia do associativismo, e do poder aglutinador do “Fórum de Cultura São Mateus”, fazendo com que juntos, possamos criar uma cultura melhor, mais saudável e útil pra sociedade. Então um protesto para construção de uma pista de skate, torna - se também um evento de graffiti, que conta com show de música, que gera um material audiovisual, que pode ser veiculado em um blog, site e/ou tv, que por sua vez tem um aplicativo de cultura, que atinge a sociedade civil em geral, fomentando políticas públicas criadas pelo público, e por aí se vai, no bom caminho da evolução cultural..
É de suma importância, imprescindível do ponto de vista social, escolhermos bem nossas práticas culturais e de lazer. Os filmes que assistimos, as músicas, leituras e jogos, e costumes que praticamos como fenômenos culturais, tem papel fundamental na construção do inconsciente coletivo, e também das mentes conscientes que compões esse ethos social. Como bem observou o Prof° Trigo (EACH-USP), “Não é possível uma política de lazer desvinculada de outras políticas (de segurança pública, transportes, habitação e saúde, bem como econômica, social e cultural). Não é possível exercer plenamente o lazer em sociedades onde a injustiça social gera violência, desconfiança e exploração.” Para uma sociedade justa, inclusiva e sustentável, é necessário o exercício pleno da cidadania por todos, e a cultura parece ser excelente pólo difusor de atitudes que promovem esse bem – estar social, apanágio de sociedades desenvolvidas e de indivíduos realizados, portadores do melhor da condição humana.




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