Conto; O COLETIVO
Andavam Lado a Lado.
Dede milidias, desde à época em que largaram a escola, uma cota de tempos
atrás. Na caminhada da vida, de periferia clichê, sem dinheiro, sem
educação, sem recursos, sem perspectiva, mesmo assim conseguiram desenrolaram bunito na
expressão subliminar do gênero humano.
Utilizando - se de suas armas evolutivas
naturais, a comunicação e a influência, e jogando com a razão e a
manipulação de sentimentos, as sofisticadas técnicas do loco
sapiens adaptado ao meio, e que independem do mesmo, pois são
inatas, criaram um empreendimento marginal respeitável. Eles mesmo
denominaram como “O Coletivo”. Alguns outros manos e minas colavam pra
parcerias, mas o núcleo duro era a dupla dinâmica de miliduk´s.
Ninguém sabia
exatamente o que faziam, mas todos sabiam que eram fitas cabulosas,
coisa de malandros, naipe de artistas. Sempre produzindo,
arquitetando, planejando esquemas, cenas, adiantos, business
contacts, money. Era tudo pelo jogo do Poder Popular. Serem reconhecidos,
respeitados. Não mais humilhados, agora sim, temidos!
Na hora do
BLAM! BLAM! BLAM! O primeiro nem ouviu, caiu duro. O segundo dava pra
ler na sua mente cinza espalhada no chão, junto do cabelo crespo que
voou longe “Caralho, o verme cuzão veio logo de ponto 40!”
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